Porrada pra quem é de porrada e gosta de uma ação frenética
De hack'n slash frenético ao combate preciso e estudado de uma ronin pacifista, jogos de ação não são nada mais do que jogos rítmicos em que a dança é totalmente livre. E seus movimentos de dança na verdade destroem tudo.
Pra quem gosta de extrair o máximo de combos e estilos de luta diferentes e que sabe que o melhor jeito de contar uma história é tirando ela a força dos inimigos através de muita massagem agressiva.
Ending Tau é o Hades brasileiro que exalta a mitologia guarani. O jogo é um roguelike com combate rápido em que cada descida te leva a caminhos diferentes. Destrua criaturas da fauna e do folclore brasileiro, enfrente as sete bestas filhas de Tau e reconstrua a sua vila pra descobrir mais sobre sua história.
É simplesmente excelente ver mais um jogo grandioso explorando a vilania de Tau, espírito maligno da cultura guarani que é a personificação do próprio mal. A figura também foi a antagonista do RPG Tropicalia e é central na história de Porasy: Contos da Floresta.
Um dos principais jogos brasileiros dos últimos anos, Bloodless tem um combate frenético, mas estudado, exigindo cuidado pra desviar e desarmar todo mundo que vem pra cima de você.
O jogo de pixel-art caprichadíssima com poucas cores e muito bem animado conta a história de uma ronin pacifista que abandonou seu passado sangrento e sua espada pra manter a paz usando apenas suas mãos. Bloodless prioriza mecânicas de bloqueio e arrancadas em um universo de samurais, espadas, lanças e armas pesadas. Uma obra-prima da Point N' Sheep.
Path of Calydra é um jogo de exploração, aventura e combate com quatro elementos e muita magia co-desenvolvido pelo estúdio brasileiro Finalboss e os poloneses da VARSAV Studios.
A história acompanha o tímido garoto Matheus, vítima de bullying na escola até encontrar refúgio em um mundo fantástico chamado Calysgore a pedido de uma entidade mágica: Calydra. O jogo tem estrutura de exploração a la Zelda Breath of the Wild, criaturas místicas gigantescas e magias envolvendo os quatro elementos.
Eu não lembro mais como eu achei esse jogo, mas eu fiquei muito feliz de ter feito isso. EVA é tipo o irmão emo de Hyper Light Drifter. Focado em exploração e batalha, com visual isométrico e ritmo parecido com o do jogo da Heart Machine, mas um universo mais sombrio, menos colorido e menos saturado.
O jogo também escolhe muito bem seus inimigos: máquinas de inteligência artificial tentando simular a experiência humana a ponto de criarem religiões e cultos bizarros. Não tem como dar errado.
Combinando muito estilo, uma animação em pixel-art extremamente fluida com um combate frenético e preciso, Magical Blush é um projeto com potencial gigante do desenvolvedor solo Gustavo Rocha (que também faz parte da equipe de Roadout).
O jogo de ação e aventura se inspira nas mecânicas de jogos como Castlevania: Order of Eclesia e Wizard of Legend pra contar a história de uma arquimaga que precisa conter o poder de divindades após elas escaparem de sua prisão.
Bloodrush é um jogo de ação ininterrupta e frenética num mundinho de fantasia sombria com demônios e vampiros. O jogo tem combate hack'n slash, mas que precisa de um pouco de estratégia e velocidade pra desviar de tudo, aparar os golpes e não se perder no meio de tanto bicho.
Com estrutura de roguelike, Bloodrush tem armas de curto e longo alcance pra combinar ataques e destruir sem parar. O jogo da Lightmancer Studios fez fila nos últimos eventos de joguinhos brasileiros como a BIG e o Festival Jogatório.
Uma jornada da luz contra as trevas, Eclipse é um jogo de aventura com pitadas de RPG, um mundo fantástico próprio e muito combate hack'n slash cheio de combos e armas diferenciadas.
Sendo a própria luz, o jogador precisa guiar o herói em ascensão Luke (luz) enquanto ele alimenta e evolui sua espada Apanhadora de Sol pra derrotar as forças sombrias.
Carinhosamente apelidado por mim de Bujão Souls, Mecha Blade Hero é uma mistura de Zeldinhas 3D, exploração soulslike e um robôzinho simpático que está a uma capinha de crochê de ser um bujão de gás decorado da cozinha das avós brasileiras.
O jogo vem sendo desenvolvido pelo solodev Camarada Bobby e tem armas diferentes que caem dos chefes, colecionáveis com referências brasileiras e muita masmorra pra explorar. Em algum momento, o dev também me confessou que vai rolar uma roupinha de crochê pro nosso bujãozinho. Estamos na torcida.
Quando a humanidade mata Boitatá, o guardião da natureza, rouba o fogo fátuo de seu corpo e passa a destruir a natureza, cabe à Caipora descer a porrada nesses parasitas das florestas e animais.
Turi-Kaapora é um hack'n slash isométrico com um visual muito único e estiloso e combate focado em combos, envolvendo diferentes posturas de luta da protagonista. Projeto de TCC nota 10 do grupo da Vortex Indie Games, o jogo foi feito com grande pesquisa e acompanhamento de antropólogos e representantes indígenas
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