Evento no Sesc 24 de Maio teve mais de 40 jogos indies brasileiros
Que delícia foi participar, mesmo que rapidinho, do Festival Jogatório, evento brilhante fruto da parceria do Sesc com a Firma Game Dev. Desde sair do metrô no centro de São Paulo e conseguir ir a pé em poucos minutos até o Sesc 24 de Maio até ter opções de PFs baratos logo na frente do lugar, o Jogatório e a Firma merecem ser exaltados sozinhos, enquanto instituições do desenvolvimento indie brasileiro, e não em comparação com qualquer outro grande evento de jogos que a gente tem por aqui.
Foram dois dias de Festival com uma variedade sensacional de jogos indies brasileiros, indo de shooter poligonal super rápido com manipulação de tempo (Death Elevator) e jogo tático com cartas e naves espaciais (Takara Cards), até experiências retrô como Bruxólico e Alien Holocaust II, com direito a Fliperama Anacrônico do Amaweks e passando por aventuras narrativas robustas como um grande Linha Direta jogável (TELEFORUM) e uma investigação noir no meio do universo de Machado de Assis (The Posthumous Investigation). O Jogatório mostrou mais uma vez quão vasta é a gama de narrativas, estilos de arte e propostas apresentadas pelos devs indies brasileiros e o gigante potencial que eventos focados nesses estúdios independentes podem ter.
Isso tudo de graça pro público e com ajuda de custo pro transporte dos desenvolvedores. E ainda abrindo um espacinho extra em mesas que estavam por ali pra que devs não inscritos na lista final do evento pudessem abrir seus notebooks pra também mostrar seus jogos. Eu, inclusive, só fui perceber que quatro ótimos joguinhos que eu tinha acabado de testar não eram “oficiais” do evento - mas estavam sendo cuidados com o mesmo carinho pela equipe organizadora.
Fora a possibilidade de encontrar pessoalmente pessoas incríveis que já passaram pelo Controles nesse um ano e meio de projeto, tipo o Felipe Dilly, o Amaweks e os próprios organizadores do rolê André Asai e Thais Weiller. Além de poder finalmente fazer o encontrão do twitter na vida real e conhecer uma galerinha que antes só via por avatar, tipo o Fernando, a Ariel, o Rafael, o Roberto, o Arthur, a Lumi. Sem falar de reencontrar outro pessoal excelente como o Heitor, o Tashiro, o Gabriel, todo mundo da Dragon Roll, da Little Leo Games (meus vizinhos, inclusive) e da Lightmancer e os amigos Pedro (o antigamer) e Patrocínio (o antifacista). E obviamente também não podia deixar de citar um dos cariocas mais gente boas e queridaço desde o tuínter, Ramiro, o Ganso Canibal. Enfim, foi uma salada de encontros, conversas, novos conhecidos e muito colantinho do Joguinhos Brasileiros, Gostoso Demais entregues.
Fiquei muito feliz quando os organizadores me falaram ainda no evento que o Sesc já estava conversando pra fazer acontecer uma nova edição do Jogatório em 2024 e mais feliz ainda ao ver o texto do camarada Kao Tokio no Drops praticamente confirmando essa informação em uma entrevista com a Tatiane Colevati, Educadora de tecnologias e Artes do Sesc 24 de Maio. Espero que esse Jogatório 2024 seja ainda maior, com espaço pra ainda mais devs indies e artistas nacionais incríveis. E que também possa ser conversado sobre transformar isso em um evento itinerante e com mais de uma edição por ano, por que não?
O futuro é interessantíssimo e o Firma Game Dev seguirá sendo parte importante da divulgação e encontro do mundo indiedev brasileiro. Espero que essa iniciativa, assim como as excelentes movimentações das Associações Regionais pra fomentar o desenvolvimento em todos os estados do país, sigam crescendo cada vez mais e mantendo seu norte naquilo que mais importa: os devs e estúdios brasileiros (e as pessoas em si). Inclusive vale a pena ler esse ótimo texto do Paulo Andrés - o Amaweks - sobre materialidade, evento presencial, contato com o público e um apelo pra mais videogame na rua. Grande texto.
Como isso acabou ficando maior do que uma introdução, faço a listinha de jogos que me chamaram a atenção em uma nova página. Aguardem (ou não)!
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